Segundo o Ministério da Saúde, 33 mil novos casos de hepatites virais são registrados no Brasil por ano. No mundo, a hepatite C é a que acometem mais pacientes: aproximadamente 3% da população mundial, ou seja, 170 milhões de pessoas são portadoras do tipo da doença.
No dia 28 de julho é lembrado o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais. A data traz um alerta sobre as hepatites B e C – doenças infecciosas causadas por vírus que atingem o fígado, órgão que executa várias funções vitais para o nosso corpo. “Em geral, não apresentam sintomas e ao longo dos anos, a doença pode causar dano ao fígado evoluindo para cirrose e até mesmo câncer”, destaca a gastroenterologista do Hospital Nossa Senhora das Graças, Cláudia Ivantes.
A hepatite C pode ser classificada em aguda e crônica e na grande maioria das vezes não apresenta sintomas. Apenas 6% dos portadores da doença apresentam indícios, sendo a fadiga o mais comum. “No entanto, a maioria dos pacientes só percebe que está doente, anos após a infecção, quando a doença já está em fase avançada”, esclarece a Dra. Cláudia.
As hepatites virais podem ser transmitidas através de relação sexual sem o uso de preservativo, o uso compartilhado de agulhas, seringas, navalhas, materiais para manicure e pedicure, aparelho de barbear, por equipamentos não esterilizados em procedimentos médico-odontológicos, tatuagem, colocação de piercing e acupuntura. “A mãe infectada com o vírus da hepatite B também pode transmitir a doença para o bebê”, enfatiza.
Diagnóstico
Para diagnosticar a Hepatite C, o teste é rápido. O exame utiliza uma pequena quantidade de sangue e o resultado fica pronto em dez minutos. “As pessoas que fazem ou já fizeram parte de algum grupo de risco ou mesmo aqueles que desejam saber mais sobre a sua saúde, devem fazer o teste”, explica a Dra. Cláudia.
A doença possui tratamento, que oferece uma taxa de cura de cerca de 48% dos casos. Os medicamentos são disponibilizados pelo SUS (Sistema Único de Saúde), que conta com novos remédios para combater a doença. “Com a nova opção terapêutica, as taxas de cura são significativamente melhores”, acredita a médica.
De acordo com a Dra. Cláudia a hepatite C possui tratamento, que oferece uma taxa de cura de aproximadamente 50%. Já a hepatite B pode ser prevenida com a vacina. “Pessoas com 29 anos de idade que ainda não tomou as três doses da vacina, pode procurar uma Unidade de Saúde”, destaca a médica.