Cobrou a conta

Responsável direto pela contratação de Valdivia, em julho de 2010,  Osório Furlan já admitiu algumas vezes que o negócio foi o maior mico da vida dele como empresário. Agora, faltando apenas três meses para o término do acordo do camisa 10 com o Palmeiras, ele já acena com a ideia de cobrar do clube uma compensação para minimizar o prejuízo.
“Caso o Valdivia não permaneça no Palmeiras, precisamos ver alguma forma de compensar o investimento que eu fiz quando ajudei o clube a contratá-lo. Com essa nova legislação da Fifa, eu não sei se o Palmeiras pode me dar parte dos direitos econômicos de outro atleta. Uma alternativa seria eles pagarem a porcentagem que eu receberia na negociação com o Al Fujairah”, disse Furlan, ontem, em entrevista ao DIÁRIO.
Torcedor fanático do Verdão, clube do qual é conselheiro vitalício, o empresário depositou R$ 6 milhões na conta do Palmeiras para ajudar o clube do coração a  repatriar o jogador chileno. Em contrapartida, ele ficou com 36% dos direitos econômicos do camisa 10.

“Fiz esse depósito para viabilizar a contratação do Valdivia, mas, pelo que soube, parece que esse dinheiro não foi usado para quitar a dívida com o Al-Ahli”, comentou o empresário.
ESQUECIDO/ “Embora eu tenha ajudado o Palmeiras, nunca fui chamado pela direção para qualquer reunião sobre uma possível saída ou renovação de contrato do Valdivia. Fui marginalizado pela diretoria do clube”, reclamou Furlan.
Ignorado, o empresário tenta marcar uma reunião com o presidente Paulo Nobre a fim de discutir  o polêmico assunto. 
“Nesta semana, conversei com o Maurício Galiotti (vice-presidente do Palmeiras) e pedi para ele marcar uma reunião com o Paulo Nobre. Espero que esse encontro seja agendado logo. Nunca fui chamado para nada”, reiterou.