Escolas do Itaim Paulista e região mudam hábitos para economizar água

Práticas simples ajudam a conscientizar crianças e adolescentes.
Escolas públicas e particulares do Itaim Paulista, Vila Curuçá e São Miguel mudaram hábitos para economizar água. Corpo docente e demais funcionários adotaram práticas simples de economia. Por outro lado, em sala de aula, os alunos recebem dos professores informações para a conscientização. Com algumas transformações na estrutura, um colégio particular da região chegou a economizar 40% no valor da conta de água em janeiro deste ano, em comparação com o mesmo período de 2014.
Os governos estadual e municipal, por meio de suas secretarias de Educação, também enviaram orientações para as escolas para que elas adotem ações e projetos de combate ao desperdício. São dicas e orientações sobre como fazer a economia, além de um pedido de que atividades sejam feitas com os alunos para sobre o uso consciente da água. A ideia é que ações sejam realizadas durante todo o ano. As mudanças devem passar até mesmo pela limpeza das instituições. Entre as orientações está a utilização de baldes ao invés de mangueiras e, ao lavar as louças, a dica é abrir menos as torneiras e fazer o enxague de uma só vez.
A escola Sinquichi Agari também precisou mudar seus hábitos e a pedido do diretor Roberto Gonçalves foi convocada uma reunião com pais e alunos, para esclarecer as novas normas do colégio.
“Fizemos um novo procedimento da caixa de água e implantamos um novo método do encanamento fazendo com que nossa caixa de água pudesse abastecer os bebedouros, o que antes vinha direto da rua. E com isto, não tivemos problemas com falta de aula, outro método foi conscientizar pais, alunos e funcionários e logo no começo deste ano tivemos uma reunião e chegamos a um acordo no qual cada aluno trará sua própria água de consumo”, diz ele.
Outra instituição, a escola Engenheiro Pedro Virato Parigot  também pratica à risca as orientações passadas pela Secretaria de Educação. A proposta é efetivar as ações de preservação, conservação e utilização da água no espaço escolar, estendendo-se aos horários depois da aula. Para isso, avisos sobre economia estão espalhados por toda a escola, porém mesmo com uma caixa de 63 mil litros houve problemas em manter os alunos em meio período durante dois dias. “Desde o ano passado, os professores vêm trabalhando em sala de aula com os alunos, mostrando a importância da água e a falta que ela faz. Assim que começou a crise da água só tivemos problemas duas vezes em meio período, onde tivemos que dispensar os alunos por falta de água. Infelizmente não tenho como utilizar a água da chuva, porque não temos equipamentos para colher a água. Nosso pátio escolar é enorme para limpar, usamos baldes quando é preciso fazer a higiene do local, isto já tem colaborado muito”, explica o diretor Gilberto Tambosi.
Além dos alunos, a lição foi aprendida também pelos funcionários das escolas, em geral eles estão cuidando da limpeza e substituindo a mangueira pelo balde. “Lavo com um balde, um pano e com o mínimo de água possível”, contou a funcionaria Lurdes de Souza.
Além das atividades, a rede estadual de ensino prevê ainda novas medidas de redução do uso da água, com novas políticas definidas pelo Governo do Estado, para que a meta de redução de pelo menos 30% do consumo seja atingida.