A desaceleração da economia acabou com a bonança do mercado de trabalho brasileiro - mas o que isso quer dizer, na prática, para quem está desempregado ou quer mudar de emprego? Onde procurar e o que esperar do mercado em um cenário de crise? Nos últimos anos, se tornaram relativamente comuns nos grandes centros urbanos brasileiros casos de profissionais que pulavam de um emprego a outro, atraídos por salários mais altos e melhores condições de trabalho. Agora que a crise chegou ao mercado de trabalho, mais brasileiros estão perdendo seus empregos, e a competição pelos postos disponíveis está cada vez mais acirrada. Confira uma lista de alguns setores e áreas de atuação que, apesar de não estarem imunes à crise econômica, segundo os consultores, ainda têm mostrado alguma resiliência na geração de empregos e oferecem oportunidades para bons profissionais.
1. Tecnologia
Entre os cargos com mais vagas abertas estão analista/técnico de suporte, desenvolvedor e programador. Para o cargo de diretor de TI, o salário médio seria superior a R$ 17 mil, e para o de gerente de TI, superior a R$ 7 mil. Os sites de internet, empresas de tecnologia e start-ups têm conseguido seguir na contramão (do aumento do desemprego) e se manter em crescimento. E o que é melhor: com salários atraentes
2. Saúde
As boas perspectivas de longo prazo fazem com que os serviços da área de saúde mantenham as contratações mesmo em meio à crise. Essa é uma das áreas em que muitas famílias resistem em fazer cortes quando são obrigadas a enxugar o orçamento. E fenômenos como o envelhecimento da população e maior acesso a planos de saúde privados contribuem para criar boas perspectivas para o setor.
3. Educação
Os cortes e incertezas ligados a programas governamentais da área de Educação, como o Pronatec e o Fies, tiveram impacto negativo sobre a rede privada de ensino superior. Mas o mercado de trabalho do setor de Educação como um todo tem mostrado grande resistência em meio à desaceleração. Trata-se de um segmento que atrai muitos investimentos porque exige um aporte inicial relativamente baixo se comparado, por exemplo, à exploração de petróleo ou à construção civil e, no longo prazo as perspectivas são de crescimento.
4. Seguros e setor financeiro
Os profissionais da área financeira ainda são relativamente demandados, mas os que podem se mover com mais facilidade são aqueles que têm um entendimento mais amplo dos negócios – ou seja, que sabem não só o que é preciso para enxugar os custos, mas também como ampliar as vendas. Os setores de seguros e os bancos, em particular, estão resistindo bem à desaceleração da economia, apesar de analistas manifestarem alguma preocupação com um aumento dos índices de inadimplência e com a exposição de alguns grupos a empresas que podem passar por dificuldades em função das repercussões da operação Lava Jato.
5. Vendas
O profissional de vendas é quem pode virar o jogo no momento de escassez. Por isso, há uma grande procura por aqueles que de fato conseguem trazer resultado nessa área em empresas de todos os segmentos. É claro que muitas redes estão enxugando seu quadro de pessoal. Mas, no geral, as empresas têm um limite para cortar pessoal de vendas ou reduzir contratações, já que isso pode afetar muito seus resultados.
6. Agronegócios
A Confederação Nacional da Agricultura reclama que a inflação elevada, a retração no PIB e as taxas de juros crescentes estariam inibindo as atividades da agropecuária brasileira. Mas o agronegócio ainda deve ter um desempenho melhor que o resto da economia. Entre os setores que estão crescendo se encontram a produção de carnes e os produtos florestais. Eles estão se beneficiando bastante do aumento das exportações, agora que o real está mais desvalorizado.