Os malefícios da fofoca
Boatos, inverdades e polêmicas. Estes são fatores que infectam o ambiente de trabalho e prejudicam a produtividade de uma organização. Historicamente, os fofoqueiros sempre estiveram presentes em qualquer empresa, independente do porte, segmento ou atuação. Com a exigência cada vez maior de postura profissional, este perfil vem diminuindo, mas ainda existe.

A pessoa que se promove por meio de fofocas geralmente quer atenção e se concentra em malefícios de terceiros para que possa se promover. Normalmente é inseguro, e precisa denegrir o outro para obter sucesso.
Existe uma linha muito tênue entre um simples comentário e uma fofoca e tudo irá depender da intenção e interpretação de ambas as partes. Quando falamos do conteúdo de uma mensagem, dependerá de quem a está emitindo e também recebendo. É recomendável também que a pessoa saiba o quê e para quem falar sobre determinado assunto. A má interpretação dos fatos pode fazer com que o grupo todo se volte contra este profissional, dependendo de como a mensagem foi transmitida.
Uma das formas de evitar que informações se tornem fofoca é não emitir opiniões sobre os pares sem que estas pessoas saibam. Se for envolver o nome de outros indivíduos, o interessante é que eles estejam sempre cientes de sua posição. A maturidade e postura profissional também são fundamentais. Caso saiba de algum boato sobre sua pessoa, o indicado é o funcionário saber selecionar o que realmente é verdade e evitar levar um sentimento de raiva ou vingança, pois, muitas vezes, o fofoqueiro foi quem distorceu o comentário antes de chegar a seu ouvido.
Quando há um ambiente de fofoca muito grande no ambiente de trabalho, com certeza, as pessoas envolvidas não estão focadas em suas atividades. Muitas vezes, o fofoqueiro utiliza de seus artifícios para se beneficiar de alguma maneira e não está concentrado no resultado da equipe como um todo. “Mais de 80% das demissões ocorrem por problemas de conduta e não por falta de capacitação técnica”, afirma Waleska, após levantamento feito junto a empresas para as quais presta consultoria, como Grupo Pão de Açúcar, Globosat, Neoenergia, Contax, e Habib’s.

Postura do líder
O gestor é responsável pelo comportamento ético de seus liderados e sempre deve ter a postura de minimizar conflitos. Ele tem a obrigação moral de intervir se tomar conhecimento de inverdades circulando perante o grupo. Deve também administrar o ambiente e evitar que se propague o clima de mentiras e fofocas.
“O líder precisa conquistar a liberdade de conversar com todos da equipe e, ao identificar o fofoqueiro, deve saber trabalhar com o comportamento deste indivíduo para minar este hábito”, conta Félix. É papel do líder identificar rumores logo no início e combatê-los para não se propagarem perante seus subordinados.